segunda-feira, janeiro 24, 2011

A trupe das palavras peregrinas.

Cantas os quintais das noites.
Sem os anúncios luminosos.
A marcar a cadência hesitante do aplauso.
Tens acordes.
 Enquanto todos dormem cordéis a cantar.
A cor dos pecadores a vagalumeandar.
Sem rumo
Sem surto
Só soltos no susto do vento.
Susto?
De joelhos estão pedindo por mais desejo, em preces, compartilharam luz.
E na pintura muda do rosto...
A lágrima pausada em preto e branco.

-Me disse que maquiagem te dava alergia?

São palavras que não cansam de se transmutar, são maquiagens que não quer nos deixar.
De onde o homem tira o esquecimento da secura e se cura da ira, da mentira, e do vulgar.
Fazes do sertão a fartura.
E de toda a falta às fases da lua.
A gargalhada cheia pelas ruas é pura mentira?
O rito.
O suspiro.
O ritmo.
A nudez de todas as coisas belas.

sábado, janeiro 01, 2011