segunda-feira, outubro 17, 2011

Deitada no divã com Woody Allen.

Respondendo a pergunta do reprodutor de ideias constatei: Tive ilusões retardadas de cores e luzes...
Talvez eu não estivesse tão sóbria para manter contato com Deuses astronautas, em plena nudez. Talvez gostasse de conversar sozinha com seus pensamentos desencarnados.
Cabeça primitiva não consegue nem ao menos dormir, mas conseguiu sonhar acordada com senhor com Mr. Tamborine man que andava jogando a fumaça do cigarro em seu rosto, jogando-a para a outra parte da história de sua modificação letotânica e gritava: “Mova seus pezinhos embarrados por pintora.”  O que aquelas luzes momentâneas causaram por meio de pontas agudas de realidade não tornou o sonho mais real. Sonhava, sonhava e sabia que estava sonhando. Pedia pra que o dono do roteiro prolongasse qualquer esperança dela de que aquilo poderia durar, mas também soube que toda mutação sonhada acaba sendo evolução realizada.
Correu atrás do chapéu do tipo hippie under groove que caiu perto de um cartaz que estava escrito com letras vermelhas: “Procura-se o homem-bala e a mulher canhão”
Lembrou que tinha visto os dois no Teatro montando uma orgia sôfrega. Sôfrega? Mas claro os principais artistas estavam brigados por não terem pintura nem máscaras suficientes para esconder seus rostos.
“Mas que sonho sonhado acordado fantástico.” Repetia freneticamente.
Subindo na vã onde o roteirista dizia: Hora de acabar o acabado.
                                    “Skylab, Skylab, Skylab”
Psicótica, psicótica, psicótica... Lunática, plástica, prática... Humanóide fantástica.
E nesse sonho teve até espaço para o cara com que troquei gametas, lembramos de nosso universo incompreendido e lhe via através de flashes, câmeras com zoom, círculos, músicas, eu lembro que sempre gostamos  dos efeitos de brilhos do amor, agora eu virei essas nossas luzes para a metragem da memória.
Preciso conhecer moléculas de urânio, preciso voltar e cantar mais uma música com o senhor Major Tom, preciso colocar aquelas mobílias velhas pra fora, preciso aprender a falar francês, preciso parar de rir sozinha, preciso parar de ouvir Júpiter enquanto durmo.
Aonde foi parar aquela menina que gritava tão alto capaz de acorda a si mesma?
Silêncio... Escute o som do teu envolvimento íntimo com peças raras. Não chore por seus mortos, menina-flor, desperdiçaram-te miseravelmente e agora é hora da realidade, o ser, então, vai vir amar e o amar vai vir a ser, então. Fantasmas abandonaram seu quarto, estimulam agora risadinhas, você ainda é jovem, continue em suas viagens... Pendure-se como se fosse uma estrela, acabe com a Ilusão de correr, mas não sair do lugar... Melhor tirar os pés da esteira e colocar na grama. “Let's talk about movies.” Perca-se numa bruma de álcool e numa idade média delicada. 
ACORDE!
                 And I'm floating in the most peculiar way...